quarta-feira, 21 de abril de 2010

O ATO DO FURTO















Walkiria Assunção
O ato do furto tem, inúmeras raízes psicológicas, mas, uma vez observado o efeito, devemos com a máxima habilidade investigar a causa. Se, ao contrário, tachamos desde logo a criança de ladra, nada mais fazemos que contribuir para que ela seja realmente ladra e então agimos como um adulto fértil num terreno ja predisposto ao florecimento da planta que, no caso, é venenosa e, portanto, indesejável. O que é necessário fazer é cortar o mal pela raiz, procurando sondar o interior da ciança e verificar, se possível, os motivos que o levaram a furtar.
A Psicanálise é supreendente nesse particular . Porque uma vez um menino furtou, não se deduzirá dai que ele, quando crescer, se tornará ladrão. O furto podia não ter passado de um ato puramente repentino e portanto nem ele mesmo sabe por que furtou.
Furtam as crianças finalmente por sugestões e por outras tantas causas e motivos difíceis de prever. Mas, qualquer que seja a causa, qualquer que seja o motivo determinante ou indeterminado do furto, um preceito fica sempre de pé: O indivíduo so se vicia no furto quando perde a compostura e esta ocorrência sempre, ou quase sempre, é provocada pela afronta continuada com que qualificamos os infelizes que se enquadram neste sombrio atalho do psiquismo mal conduzido.

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